terça-feira, 17 de junho de 2008

Fotos Do Lançamento do CD "O poeta da Sanfona"





Zé Calixto


O sanfoneiro e compositor Zé Calixto, nascido José Calixto da Silva no dia 11 de agosto de 1935, em Campina Grande, Paraíba, saboreou a infância junto aos seus nove irmãos nos bailes animados pelo seu pai João de Deus conhecido como seu Dideus na vizinhança. A paixão pelo instrumento veio por volta dos oito anos, quando o filho do sanfoneiro com a dona de casa Maria Tavares aprendeu a tocar sozinho o fole de oito baixos do pai.

Após levantar a poeira nos arrasta pés do nordeste brasileiro tocando sambas, valsas, xotes e choros, Zé estreou nas rádios de Recife em 1959, como integrante do trio mata Sete e seu conjunto, formado pelo compositor Antônio Barros. Em Abril do mesmo ano,trocou alianças com Dona Ritinha, sua companheira de vida inteira, Mãe de seus quatro filhos.

Em seguida, Zé Calixto viajou até o Rio de Janeiro a convite de Antonio Barros, mas o grupo não vingou e o músico, sem grandes oportunidades para se apresentar , virou o afinador oficial de vários sanfoneiros ate ser convidado a apresentar na cidade a gravar pela Phillips, por onde lançou seus primeiros álbuns. Em 1960, Zé foi se apresentar na cidade natal e ficou surpreso ao ouvir suas gravações sendo executadas em todo nordeste.

De volta ao Rio, com Dona Ritinha “debaixo da sua asa”, nas palavras de Zé, foi convidado a gravar mais quatro inéditas a fim de completar 12 faixas do primeiro long Play, Zé Calixto e sua sanfona de oito baixos. Desde então, lançou 26 álbuns individuais de diversas gravadoras ~ entre eles, o tocador do mundo, produzido por Dominguinhos em 1082 ~ e participou de coletâneas, como O fino da roça, idealizadas por Jackson do Pandeiro nos anos 70.

O exímio sanfoneiro que rodou esse país ao lado de outros artistas (como Luiz Gonzaga, padrinho de sua filha Neide), há tempos influencia as gerações jovens forrozeiros. Para eles, Zé Calixto é o grande mestre do oito baixos. Alias, Oito baixos é o que não falta na casinha no morro da pedreira, em Acari, onde Zé mora há mais de quarenta anos. Referencia no instrumento, ele vive cercado por três ou quatro foles exóticos , destacando-se o mais antigo, fabricado nos anos 50, de um verde inconfundível, com seu nome tatuado no fole.